quarta-feira, 27 de março de 2013

Registros do percurso


NOSSO PRIMEIRO ENCONTRO

Parcerias firmadas, objetivos definidos , era hora de traçarmos os caminhos do nosso percurso formativo .


Nos encontramos no último dia 21 para afinarmos as diretrizes do nosso projeto e falarmos um pouco sobre nossas expectativas dessa formação.



“Uma leitura escolhida pela Sandra, já nos falava do universo infantil e nos lembrava da necessidade e desejo da criança de ser considerada percebida de ter voz e escolha.”
                                  (Uma mãe é grande como uma torre)








Um megafone...
 uma sirene...
 e um binoculo.


 Talvez sejam esses também os instrumentos que esse grupo precisará levar na bagagem nesse caminho formativo .

Espaço de voz e de escuta

Era hora de pensar nas expectativas de cada um para esse espaço de formação 


Estou numa unidade nova, e sinto que meus professores tem muitas angustias. As vezes somos enxergados como salvadores da pátria, e preciso saber quem sou e onde estou neste processo. Quando veio a ideia de ter um grupo de estudo, eu pensei em parceria . Adriana.



Pra mim, é o fato de não ter tido referencias do que seja ser um CP. Minhas referencias são do trabalho como professora. Apesar da minha trajetória,as vezes me sinto como a criança do livro: no fundo da sala e sem o binóculo.
Rosane.



Fico me perguntando o que é ser Coordenador?
Minha trajetória me ensinou muito, mas me sinto especialista em tudo, sem aprofundamento em nada.
Me falta aprofundamento para além da experiência da mera ação. Constituir o projeto pedagógico em uma unidade leva tempo, e precisamos nos fortalecer na reflexão. Regina



A pergunta é: Qual é o meu papel? Mas também é o que o outro pensa em ser o meu papel! Me sinto as vezes tarefeira, me falta profissionalidade, que eu acho que as discussões com meus pares podem me dar. 
Luciana



Quando consideramos o quanto são  importantes nossas conversas nos momentos de   café nas nossas formações, isso nos da pistas do quanto a troca é importante. 
Noemi



Vivenciei a experiência de ser uma das primeiras coordenadoras de CEI em 2004, se é novo pensar no papel do CP, é mais novo pensar no papel do CP no CEI, considerando as especifidades. Os CEIs tem uma trajetória histórica, que precisa ser conhecida e compreendida quando pensamos na constituição do papel dos diferences sujeitos. Rosana



  Coordenador pedagógico - gerador de conforto ou gerenciador de conflitos?
O coordenador pedagógico ainda se confunde com os diversos papéis que esse profissional desempenhou ao longo da historia da educação:
Chefe, fiscalizador, provedor, organizador de eventos, apaziguador de conflitos, regente...
Hoje, buscamos uma identidade caracterizada pela parceria, pela profissionalização do formador, um articulador de estratégias, aquele que, por ter um olhar distanciado, pode estranhar o que parece tranqüilo e acomodado e convidar o grupo a ressignificar seu olhar e suas práticas. 
Irene

Algumas Considerações :

Nossas expectativas reafirmavam a direção dos nossos propósitos:


 Conhecer melhor esse personagem coordenador pedagógico seu papel e função dentro do contexto educativo, pensar na profissionalidade de sua ação formativa buscando o aprimoramento e a qualificação  das intervenções junto aos professores e construir os percursos possíveis para formar e formar-nos enquanto profissionais reflexivos.

Agora era hora de olhar para o percurso formativo de cada um dos grupos traçamos considerações sobre os processos formativos de cada uma das unidades para identificarmos as singularidades e generalidades dos diferentes processos vividos por cada uma de nós com seus grupos.


Podemos perceber avanços dos grupos  nas questões de princípios e concepções de criança e da educação para a primeira infância, porém sentimos falta ainda de um trabalho mais efetivo nas ações educativas com as crianças, que se reflita mais efetivamente nos planejamentos, registros e intervenções da prática do dia a dia dos professores.

Pensamos assim, que as discussões nesse grupo , poderiam buscar nos auxiliar nas ações formativas  nos fortalecendo para um apoio mais direto aos professores no planejamento de suas ações visando a qualificação dos planejamentos, ações e intervenções docentes
Esse seria o ponto de coesão das nossas propostas formativas para a formação dos grupos de cada uma das unidades.

Foco definido, mãos a obra!

Diretrizes do próximo encontro

Pensamos que uma boa pauta para o próximo encontro seja retomar as questões de concepções de desenvolvimento.
Planejamos organizar uma pauta que, ao mesmo tempo que  nos permita retomar  as teorias de desenvolvimento, primem pela discussão sobre boas estratégias formativas para repertoriar nossas abordagens de formação nas nossas unidades.




segunda-feira, 25 de março de 2013

Parcerias Firmadas




Já há algum tempo nós, coordenadoras pedagógicas , nos conhecemos e nos reconhecemos nos mesmos sonhos, ideais e nos compromissos assumidos por uma educação melhor para nossos pequenos.

Nossos encontros rápidos entre uma e outra reunião de formação é sempre muito marcado por experiências e angustias partilhadas, mas também, pelo desejo de parcerias estabelecidas que nos fortaleçam profissionalmente e qualifiquem nossas ações formativas.

Por acreditar na força dos gravetos unidos pelos nós, apostamos no estar junto!



CONSIDERAÇÕES INICIAIS


A história de amor entre a educação e os CEIs é recente, tal qual a de nossas crianças, que engatinham e usam fraldas.
Estamos num tempo de construção histórica, política, social e pedagógica de representações do que seja o trabalho educativo na primeira infância, bem como o que seja o papel do Coordenador Pedagógico neste contexto.
A questão a ser respondida é de como organizar uma formação de um grupo de professores que se reflita efetivamente na qualificação de suas práticas e atenda as especificidades de uma faixa etária ainda tão pouco conhecida e que os auxilie a construir saberes sobre:

·           Como se dá o desenvolvimento e aprendizagem das crianças;
·           que é ser um professor de bebês;
·           Como planejar, observar e intervir com crianças  pequenas de forma a fazê-las avançar em seu desenvolvimento;
·           Quais os princípios e propósitos do trabalho com as crianças pequenas.
Estamos nos constituindo enquanto profissionais de educação de crianças pequenas, bem pequenas; neste contexto, é de fundamental importância fazer da nossa própria ação objeto de pesquisa e assumir uma  postura investigativa e reflexiva sobre nossos próprios fazeres.
Para tanto, nos propomos a constituir um grupo de estudo que, apostando na parceria,  buscará refletir e aprofundar seus saberes sem ter a pretensão de encontrar a resposta final, mas com o propósito de inquietar-se, pensar, construir, re-significar, conceber, conceituar, juntamente com seus pares, as respostas possíveis para as muitas inquietudes que permeiam nosso oficio; respostas que terão real significado para o grupo, por nascerem da legitimidade do “chão da escola”, da autoria, do protagonismo e da corresponsabilidade  de todos  e  de cada um  no  processo de reflexão que nos permite sermos donos da nossa vida e da nossa historia.
Que não se dê a outros o mérito de pensar sobre nossa docência, posto que desejamos ser mais do que meros “fazedores” do nosso oficio. Um trabalho, que em nenhum instante se apresenta como pronto ou terminado, pois isto negaria a mais bela qualidade humana que é a de reconhecer-se como ser eternamente inacabado.

 
OBJETIVOS

     Nosso propósito é promover alguns encontros de estudos entre os formadores onde pudéssemos:
·      Refletir sobre o papel da formação continuada e do coordenador pedagógico dentro de uma perspectiva sócio interacionista de desenvolvimento;
·      Discutir sobre boas estratégias formativas que busquem o desenvolvimento da reflexividade;
·      Analisar os processos formativos vividos pelas unidades e pelos professores e refletir sobre suas singularidades e generalidades;
·      Pensar juntas em boas pautas formativas, intervenções e encaminhamentos para grupos respeitando-se as especificidades de cada Unidade;
·      Pesquisar e elaborar materiais de apoio interessantes e significativos que sustentem, enriqueçam e qualifiquem nossas formações;
·      Possibilitar o intercâmbio de experiências dos professores das unidades envolvidas;
·      Documentar todo o processo registrando sistematicamente as reflexões,
discussões e ações resultantes desses encontros. 

METAS

·         Aprimoramento das ações do Coordenador possibilitando a melhoria da qualidade das intervenções junto aos professores;
Construir os percursos possíveis para formar e formar-nos enquanto profissionais reflexivos


“ Entendo que ninguém deve ser obrigado a ser reflexivo, embora todos devam ser estimulados a sê-lo. E o todos começa em cada um de nós.”
Nenhum grupo começa por acaso.
Temos sonhos que foram compartilhados entre um café e outro. Aos poucos fomos moldando o que hoje se chama "grupo de estudo". 
Temos que estar preparados para os elogios e as criticas, para enfrentar o desafio de se sentir no desassossego causado pela angustia da não resposta. 
Provocar o outro, fazê-lo refletir e ao mesmo tempo fazer o mesmo movimento exige a maestria de quem sabe usar a prudência como a expressão da consciência madura de quem sabe que não se muda nada de uma hora para outra. 
Paciência...
 “Há que se cuidar do broto”, regando nem mais nem menos, na medida certa de cada necessidade, se não corremos o risco de fertilizá-lo no momento em  que  ele ainda se pedia  a água fresca que revigora as forças.
O chão da escola será o nosso investimento maior, pois acreditamos que fora dele não há palco para fomentar as nossas reflexões e promovermos mudanças. 
Temos muito trabalho pela frente...
 Rosana


Acompanhe o registro das nossas discussões :

http://formareformarse.blogspot.com.br/2013/03/registros-do-percurso.html